Na dança das horas- Postagem Temática

quarta-feira, 23 de junho de 2010 04:51 Postado por Divagações, pão e circo 7 comentários
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Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...
Oração ao tempo. Caetano Veloso

O tempo é o senhor da razão. Muitas vezes já falei da passagem do tempo em outros posts. Mas aqui me restrinjo ao tema proposto na Postagem Temática e falo dos muitos encantos que possuem a "meia hora". Meia hora é tempo suficiente para tomarmos um banho quente reparador. É recomendada meia hora para uma boa soneca após o almoço. Para a troca de olhares enamorados, meia hora. Trinta minutos para a prática da meditação. Para uma boa conversa concisa e pontual,meia hora. Para pensar e escrever sobre este texto que você agora lê, trinta minutos. Para uma boa caminhada contemplativa e para olhar a natureza, trinta minutos. Para um encontro você-com-você, peça já trinta minutos. Faz muito bem esse tempo para a alma. Não vou ficar aqui chorando quando tempo me é roubado por gente chata, por trabalho às vezes chato. Não quero ficar mal-humorado. Neste texto destaco o lado bom e a beleza do pequeno espaço de uma "meia-hora". Por último, lanço a pergunta: "Quantas meia-horas compõe uma vida? "
Por hoje é só. Ora, blogs!!!

O que é ser homem?

quinta-feira, 17 de junho de 2010 06:32 Postado por Divagações, pão e circo 1 comentários



"Não desperdice mais nenhum tempo discutindo sobre como um homem bom deveria ser. Seja um." (Marco Aurélio)

Até bem pouco tempo atrás, tinha dificuldade de se referir a mim como Homem. Eu via em mim o menino, o rapaz, o moço, mas pouco me via como Homem. Achava que para ser homem era necessário cumprir determinados papéis que ainda não construí. O papel de marido, o papel de pai, o papel de provedor, esses ainda não cumpri. Em terapia, constatei o contrário. Vi que o que se demanda é primeiro se reconhecer como Homem para só então começar a desenvolver ou pensar sobre esses papéis. Creio que ser Homem em 2010 não é tarefa simples. O mundo mudou, ficou mais ágil, passou a exigir mais de nós. Temos diversos papéis sociais a cumprir. As mulheres, pela sua polivalência nata, desempenham esses diversos papéis com certa desenvoltura. Nós, Homens, ainda estamos aprendendo. Ainda buscamos companheiras para cuidar de nós. Para nós, Homens, ainda é um desafio ser bom pai, ser bom profissional, bom companheiro, bom amante, tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Para ser Homem, a meu ver, é necessário ainda ser carinhoso, amoroso, atencioso e estar aberto ao diálogo. Sim, companheiros, DIÁLOGO. Sei o quanto é difícil para a gente demonstrar sentimento, demonstrar fraqueza e conversar, até pela construção social do papel do homem. Mas creio ser possível. Essa mudança proposta pela modernidade ainda é nova para a gente. Ser Homem, a meu ver, requer de nós sobretudo companheirismo e cumplicidade em todas as relações que se estabelecem.Arrogância? Mandou lembranças.Falta de sensibilidade? Mandou lembranças. Por hoje é só. Viva as coisas simples da vida. Ora, blogs!

Divulgando

sábado, 12 de junho de 2010 17:44 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários
Prezados,

em anexo segue o convite para lançamento de dois livros sobre Deficiência.
Os livros foram organizados por pesquisadores da Anis: Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero e por professores da Universidade de Brasília, do Departamento de Sociologia e de Serviço Social.
Os livros contam com capítulos e artigos inéditos, além de artigos atualizados e de autores também internacionais, como o prêmio Nobel de Economia Amartya Sen e da filósofa Martha Nussbaum.
Esperamos contar com a presença de todos e todas.

Abraços,
Alexandre

Deixando de ser uma linha reta

17:18 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários



" A linha reta não sonha" Oscar Niemeyer

Eu gosto muito de frases. Frases curtas, fortes e com conteúdo. E essa me chamou especial atenção quando li. Sempre achei que eu não era de sonhar, era bem pé no chão e perder o chão era algo que me incomodava. Mas hoje vejo que sonhei. E sonhei muito. E o melhor: Já realizei muito. Se eu não sonhasse, não teria vindo para Brasília. Se eu não sonhasse, teria me consolado com o que estava reservado a mim socialmente. Se eu não sonhasse, talvez não teria feito universidade federal. Não teria passado em bons concursos. Não seria da classe média, que financia um pequeno apartamento em 240 meses. Não teria ajudado a escrever um livro. Não teria plantado uma árvore. Ainda bem que eu e o Oscar Niemeyer sonhamos. Assim fazemos nossa parte por um mundo melhor. Eu sou curvilíneo. Oscar Niemeyer é curvilíneo. Fazemos a diferença no mundo em que vivemos. Ora, blogs!!!

Avassalador
Chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador
Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar
Lenine

Futebol arte já!

16:14 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Que saudade eu estava de postar aqui. Dias de correria aliados a computador com defeito provocaram minha ausência. Estava com saudade dos meus leitores e desta plataforma para colocar idéias, pensamentos e balangandãs. Hoje não tô afim de nada muito sério, acho que estou influenciado pelo clima da Copa do Mundo, em que a produção intelectual é fortemente afetado pelo "pensamento futebolístico coletivo". Neste desdobramento, fiquei pensativo sobre uma frase dita por Dunga: "No futebol não tem surpresa". Como assim??? Se é assim, por que os jogos emocionam? Será que é pela previsibilidade Dunguiana? Se não há surpresas no campo, como explicar a final da Copa de 1998? Será que a Nike previa que Ronaldinho iria amarelar? Acho que não.
O motivo que faz a frase de Dunga cair em desuso é simples: A seleção e o futebol são feitos por pessoas. Pessoas têm vida. E a vida é imprevisível, com pequenos capítulos que a gente escreve a cada dia. Continuo acreditando no futebol-arte e no molejo brasileiro acima do planejamento. Continuo acreditando nas surpresas que a vida traz. Tem sido melhor assim. Planejamento em excesso? Mandou lembranças. Ora, blogs!

Estou me jogando no precipício sem saber no que vai dar

quarta-feira, 2 de junho de 2010 04:35 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários



Falei esta frase em terapia e meu terapeuta me pediu um post com este tema. Escrever sobre isso não é um problema, eu disse. Tem a ver com o momento de vida que eu estou vivendo. O título parece forte e impulsivo, mas na verdade é um movimento de busca estruturado e bem pensado. Tem a ver com minha mudança de comportamento com relação a tudo. A questão do título tem a ver com o fato de que não conhecia este comportamento, não me era confortável. O movimento de mudança já começou e eu estou gostando, não nego. Sem tantas amarras, elas não são mais necessárias. No que estas mudanças resultarão, eu sinceramente ainda não sei. Mas é uma coisa que me instiga a seguir em frente. E o mais legal, como diria uma amiga minha, nossas conquistas não retroagem. Já não sou mais tão tímido, e acreditem, isso é muito importante para mim. Consigo me colocar com serenidade e me defender quando necessário sem que o coração saia pela boca. Uma das melhores coisas disso tudo e a serenidade tem me dado, é aprender quando dizer não e quando dizer "sim, sim,sim". Saber se posicionar sem decepcionar o outro, mas agradando a si mesmo. Isso não me exime de errar, errar e errar sempre. Tudo bem. Como eu disse, tenho sempre a idéia de que um post é a continuação do outro. Acho que isso também deve ter algum propósito. Mas isso eu deixo a cargo da vida. Eu quero é botar o meu (ou o nosso) bloco na rua. Se quiserem me acompanhar, estão convidadíssimos. Por hoje é só. ora, blogs!


Solta da minha mão
Leva o seu violão
Dentro do mochilão
Leva também o meu coração Paula Toller