Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010 16:48 Postado por Divagações, pão e circo 7 comentários

Fui levado a pensar e repensar as pequenas coisas. Como se eu não fizesse e refizesse isso o tempo todo no blog. Criatividade? Mandou lembranças... Mas neste post ganham contornos fortes os bibelôs, os balangandãs, as pequenas coisas que a gente só guarda para a gente e que normalmente não interessa muito às outras pessoas. Meus bibelôs andam compondo sonhos. Realizando sonhos. São coisas que levo comigo. Conhecer a Deborah Secco era uma aspiração minha. Passar 30 minutos com ela, comer chocolate e tomar coca-zero com ela (demorou, mas saiu melhor que a encomenda, hein Deus?? Valeu aê...) Passar o Reveillon a dois,só amando? Coisa minha. Ou melhor, coisa nossa... Dêem uma semana para a gente, afinal serão dois celulares desligados. Só Deus, o mar e NÓS.... Também terei uma família de margarina Doriana (tá registrando aí né, Amor?) e ai de você se vier me contrariar... Se não for para você torcer pela gente, PODE VOLTAR PARA O MAR, OFERENDA.... (rs, hoje eu tô gaiato...)Também quero ter uma sala acústica e botar o som no volume 30 e não incomodar ninguém. Sonho meu. Sonho de consumo. Pequenos sonhos? Besta? Parece pouco? São pequenos desejos que acalento. Coisa minha. Talvez nem seja este um post interessante. Mas tem muito de mim nele. Ou pouco. Muito (pouco). Muito pouco. Ihhhh, tô confuso. Mas sou eu. Somos NÓS, Eu e o amor. E ultimante, juro, isso é mais que suficiente. Viva as coisas simples da vida. Ora, blogs!

O tubo de pasta dental

quarta-feira, 24 de novembro de 2010 17:17 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários




Os primeiros raios de sol anunciam o começo de um novo dia. Faltam quinze para as seis. Laura tinha que se levantar. Precisava pegar duas conduções para chegar ao trabalho. Ela trabalhava como costureira numa confecção.
Como diz a música de Chico, “todo dia ela faz tudo sempre igual”. Ao abrir os olhos, olhava para o marido. Aquele gesto parecia lhe dar a certeza de que valia a pena viver. Seu casamento com Orlando era seu porto seguro.Ele ainda dorme, pois afinal naquele dia só daria aulas à tarde.
A seguir, Laura vai até o banheiro e confere seu rosto, que já começa a ser castigado pelas marcas da passagem de tempo. Observa e arranca os cabelos brancos que encontra. Sabe que em pouco tempo esta será uma luta inglória e inútil. Era necessário trabalhar com a idéia de que estava envelhecendo e isto era público e notório. Tinha acabado de completar 40 anos. Meu Deus, 40 anos!!!
Só naquele momento se deu conta de que chegara à metade da vida. Ao se preparar para escovar os dentes, notara que o tubo de pasta dental estava pelo meio. A sua vida poderia, a seu ver, ser comparada àquele tubo. Um dia, tudo terminaria. Ela não precisaria nem poderia comprar outro.
Uma conclusão atormentara sua mente: a de que não queria fazer da outra metade de sua existência o que fizera com a primeira. Tudo bem,construíra uma família feliz. Era importante para ela, mas passou a não ser tudo.
Laura sentiu uma sede de viver, de experimentar, de tentar ser realmente feliz. Estava entusiasmada com a sua descoberta. Era engraçado como encarava a vida a partir de agora. Não sentia vontade de voltar ao trabalho. Emprego estava difícil, mas encontraria algo que a realizaria. Não se mataria mais num emprego que a dava pouco retorno financeiro e nenhuma felicidade.
Colocou um belo vestido. Fez a mala. Se despediu de cada canto da casa. Talvez, nunca mais teria a oportunidade de estar ali. Foi ver os filhos. Sorriu para o marido, que ainda dormia, pela última vez. Deixou uma carta explicando tudo.Esperava que Orlando entendesse.
Era o fim. Ou o começo. Um recomeço. Poderia ir para a casa da tia. Tinha como opção “tomar um chá de sumiço”. Pensaria nisso lá fora, na rua. Bateu a porta, pegou o elevador e ganhou a calçada.

Não admiro os covardes

quinta-feira, 30 de setembro de 2010 18:38 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários


Resolvi revisitar este texto para me despedir de setembro porquê ele faz todo o sentido hoje em mina vida. E se bate a vontade, faço. Segue texto de 21 de março de 2010:

Bons ventos sempre chegam. Pessoas sempre chegam e partem. E isso não pode ser enquadrado apenas como bom ou ruim, é muito pouco tentar reduzir esse êxodo sentimental em adjetivos tão curtos e não correspondentes. Sempre percebi que Deus sempre esteve ao meu lado, me presenteando com uma força de vontade admirada por muitos e me dando gás para vencer cada desafio proposto. Talvez eu não veja os resultados de minha luta em sua totalidade, talvez eu esteja brigando por um mundo melhor para gerações futuras. Não vejo isso como um peso, eu brigo enquanto vivo e, se vivo, não posso considerar que esteja perdendo tempo. Luto pelo que acredito. Sou tão intenso nessa busca que o desafio atual é encontrar o ponto de equilíbrio para que essa intensidade não se volte contra mim. O engraçado é que a vida parece estar entendendo esse meu novo recado, me apresentando a novas situações em mares nunca dantes por mim navegados e estou conseguindo mudar um pouco da postura pessoal, antes tão rígida e rigorosa comigo mesmo, agora já não tanto e sem sofrer. E agora entendi que deixar o passado não significa romper com ele, mas simplesmente estar aberto às novidades que o presente me coloca. Preservar as pessoas que fizeram parte do passado e acrescentar novas pessoas ao meu cotidiano. Estou aberto. Sei que tudo depende de uma mudança de posicionamento. E sei que estou crescendo neste sentido. À medida que penso, escrevo, e a medida que escrevo, dou forma e nome ao que me incomoda, me desnudo, me desconstruo e me reconstruo. A vida é isso e eu quero ser assim: Autêntico, mas dinâmico. Não admiro os covardes. É necessário coragem para dar um salto rumo ao desconhecido. Viva as coisas simples da vida. Muitas vezes basta ser, como diria Cora Coralina. Ora, blogs!

9 personalidades (nem) tão admiráveis....

terça-feira, 28 de setembro de 2010 18:02 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Na sequência da minha obsessão (sensatez mandou lembranças) por listas, segue lista de 9 personalidades por mim (nem tão) admiradas com justificativa:
Criatividade também mandou lembranças.

1- Paulo Coelho: Literatura que pouco me prende, acho um pouco vazio as suas reflexões e visões de mundo, apesar de ser um dos autores que mais vende no mundo.

2- Dunga- Não pelo fato de ter perdido a Copa, mas pela postura meio "turrona e deselegante" que adotou perante a imprensa. Os olhos do mundo estavam voltados para ele na época...

3- Fidel Castro: Admiro o socialismo como política, mas a forma como ele se materializa em Cuba, através da política de Fidel, não acho legal.

4- Pitty: não gosto da sua música, da sua atitude meio agressiva, do corpo cheio de tatuagens. Acho que existem meios mais pacíficos para se defender determinados pontos de vista.

5- Luciana Gimenez: Não gosto de nada nessa senhora. Não gosto dela como apresentadora e me parece uma pessoa meio plastificada, falsa, se encostar o dedo desmonta.

6- Dilma Roussef: Apesar de ser petista de carteirinha e admirador do Lula, não consigo gostar da Dilma. Ela não me passa credibilidade, carisma ou confiança política.

7- Dado Dolabella: Não gosto da imagem de "bad boy" que ele quer passar e da forma meio truculenta com que parece tratar as mulheres.

8- Fiuk: Me parece uma celebridade instantanea, uma coisa meio fabricada. Não vejo, num primeiro momento, talento para a arte e sim apenas uma carona na imagem do pai.

9- Preta Gil: por vezes, confunde sinceridade com deselegância. Também me parece complexada com o corpo e quando trata desse assunto na mídia, é invariavelmente grossa.

9 personalidades admiráveis

17:49 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários
Na sequência da minha obsessão (sensatez mandou lembranças) por listas, segue lista de 9 personalidades por mim admiradas com justificativa:





1- Clarice Lispector: Admiro-a pela forma certeira com que escreve, sem perder a doçura e a leveza na sequência. Parece lidar bem com a razão e a emoção, fazendo com que estes sentimentos vivam com harmonia numa mesma pessoa.

2- Carlos Drummond de Andrade: Um grande cérebro. Imortalizou Itabira, amou suas raízes e descreveu Minas e o jeito de ser do mineiro como nenhum outro. Teve excelente relação com a filha, que faleceu de cancer ósseo, aos 60 anos. Drummond faleceu 12 dias após a morte da filha.

3- Marília Gabriela: Pela inteligência, perspicaz nas entrevistas, sensível a ouvir o outro na perspectiva de construir com o outro.

4- Gandhi: Um dos grandes caras que passaram pela Terra, na minha opinião. Foi forte e defendeu seu ponto de vista de revolução sem luta armada. Nã o conheço muito de sua história, mas esse ato de coragem é demais....

5- Dorina Novill: Exemplo de força de vontade. Ficou cega aos 17 anos em virtude de uma infecção ocular, que ocasionou uma hemorragia. Lutou por livros em Braille, antes bem mais raros, para que não precisasse parar de estudar. Ocupou importantes cargos em organizações internacionais de cegos. Foi inclusive Presidente do "Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos", hoje "União Mundial dos Cegos".

6-Marina Silva: Admiro sua trajetória e história de vida. Estou lendo " Marina Silva- A Vida por uma causa". Analfabeta até os 16, fez mobral e supletivo e foi aprovada na Universidade Federal do Acre. Foi a mais jovem senadora eleita no Brasil.

7- Bruno Mazzeo: Pelo humor. Olho para ele e já começo a rir. O twitter dele é excelente. Workaholic, conseguiu construir uma carreira independente do nome do pai, Chico Anisio.

8- Roberto Justus: Pela liderança e tino para os negócios. Desafios lhe são interessantes e ao que me parece, lhe instigam.

9- José Alencar: Pelo ser humano que é e pela força que tem para lidar com seu cancer. Acredito que sua longevidade com a doença se deve em grande parte à forma com que ele encara.

"Não tenho medo da morte, tenho medo da desonra porque um homem honrado nunca morre, mas um homem desonrado morre em vida..."

Vinte e poucos anos e outros balangandãs. Quando é setembro eu fico assim

quinta-feira, 23 de setembro de 2010 18:07 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários



Ele ouve Caetano e Gil. Ela Ivete e Claudinha Leitte.
Ele curte um bom rodízio, ela é vegetatariana.
Ele é mais tímido que uma porta, ela tem muitos amigos para falar do amor e para falar mal dos homens, simplesmente porquê isso é de praxe.
Ele adora leitura, ela chora com a novela das 8
Ela curte o dia, ele a noite.

Por mais estranho que pareça os dois decidiram juntar as experiências dos seus vinte e poucos, simplesmente por querer estar juntos. Pois ele torce por ela, ela por ele. O mundo contribuiu para que estivessem juntos. Totalmente diferentes, mas com um sentimento em comum, aquele que move o mundo. Aquele que mexe com a gente. O amor os une numa mesma direção. O brilho no olhar.O viço dos vinte e poucos. Bons ventos sempre chegam. E o amor também.

Perfil

13:12 Postado por Divagações, pão e circo 1 comentários


Uma pessoa: Se é para escolher apenas uma, escolho minha mãe.
Uma palavra: Ousadia
Uma música: Iluminado, Vander Lee
Uma cor: Verde
Um lugar: Porto de Galinhas
Uma data: 10 de setembro de 2008
Um perfume: Portinari, O Boticário
Uma comida: Sushi e Salmão
Um lugar: Brasília, Recife
Uma hora: Entardecer
Um cantor: Bruno, da dupla Bruno e Marrone
Uma cantora: Maria Gadu
Uma música: Tudo o que se quer, Emílio Santiago
Uma paixão: Cinema
Um livro: A cidade do Sol
Família: Minha base, essencial
Momento inesquecível: Formatura na UnB

Em dia de aniversário, gratidão e 7 pedidos

domingo, 12 de setembro de 2010 19:02 Postado por Divagações, pão e circo 4 comentários


É uma maneira de diversão fazer o impossível. Walt Disney

Hoje é meu aniversário. Isso mesmo, um dia depois do 11 de setembro, coloque na agenda: é meu aniversário. Gratidão e contemplação são as palavras de ordem de hoje, mas como sou tradicionalista, ao soprar as velinhas eu faço um pedido. Aliás, um não, faço logo sete, por quê humildade não é o ponto forte da pessoa que vos escreve, mandou lembranças (risos). Como eu gosto muito de listas, aí vai mais uma e por favor, me respeite, é meu aniversário.

1- Não ter vergonha de dizer o que sente. Aquilo se sente é a expressão da alma.

2- Muita saúde. Sem saúde, perdemos a chance de admirar as coisas simples da vida.

3- Música boa para ter acesso ao interior de si.

4- Amigos-Quanto mais e com mais solidez melhor. Amigos são irmãos que temos possibilidade de escolher.

5- Família- Buscarei neste ano ser melhor filho, melhor irmão, melhor enteado. E me deixarei cuidar por vocês, mas cuidem direitinho, eu sou valioso... risos

6- Vida Intima e Pessoal- Que venha a mulher da minha vida, mas que não venha de jegue, para não demorar muito... (hoje eu tô gaiato... risos)

7- Espiritualidade- Mais Deus e Mais de Deus- Bençãos e sabedoria nas atitudes e decisões é o que peço.

Então vamo que vamo que a vida segue. E um grande Ano-Novo (sim, porque aniversário é ano novo pessoal)me espera. Tô na pista pra negócio. Obrigado Deus, Obrigado Vida, Obrigado pai, Obrigado mãe. Sou o que sou. Feliz. Ora, Blogs!

Des-Encontros (ou A morte da lagarta)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010 18:31 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários


"É preciso não se render a quem proclama que sonhar é uma forma de fugir do mundo e não de recriá-lo." (Paulo Freire)

É preciso deixar morrer a lagarta. Só assim veremos a beleza da borboleta. Não consegui pensar em melhor exemplo de metamorfose do que esse. Não consegui pensar em frase de maior impacto para iniciar meu texto. Sim, por que minhas últimas experiências neste mundão é algo digno de registro. E coisas dignas de registro devem ser impactantes. Fortes. Já reparou naqueles fatos que a gente tem vontade de colocar numa autobiografia? Geralmente são coisas fortes. Eu tenho orgulho do livro que escrevi.Mas até então escrevi uma monografia. Capítulos importantes e que me construíram, não tenha dúvida. Parafraseando o Toni Garrido, percorri milhas e milhas antes de dormir, eu não cochilei. Mas essa trajetória faz parte da minha fase de lagarta.Morreu. Metamorfoseou. E mudar de posição, é desafiador. Me instiga este mundo que deixou de ser o meu para ser o nosso. E os próximos capítulos do livro da minha vida serão escritos a várias mãos. Há um espaço para a namorada,para a futura esposa, para nossos filhos e nossa casinha de campo para passar os fins de semana quando não estivermos almoçando na casa da sogra. Há um espaço para os amigos (sempre!). Quero lutar por novas amizades e por velhas amizades. Quero militar por projetos que envolvem o bem dos outros. Eu acredito!Eu realmente acredito! Novos sonhos! Novas possibilidades. Gratidão pelos encontros, que precisam do outro para existir. Perdão pelos des(encontros), eles também são terapêuticos e por vezes simbolizam e materializam algo que precisava viver. Não tenho medo. Apenas vou. Me dou ao direito. Sigo adiante. Temos um encontro (des)marcado. Ora, blogs!

Fim de Férias-Hora de Balanço

sexta-feira, 20 de agosto de 2010 05:40 Postado por Divagações, pão e circo 7 comentários




Não consegui tudo o que desejava nos últimos dois posts em minhas férias. Mas consegui muito. Cresci. E foi preciso sair de minha terra, do conforto do meu lar para que este crescimento se concretizasse. Aprendi muito com o leve jeito pernambucano de pensar na vida. Além disso, caminhar pelo litoral pernambucano e ouvir aquele "bom dia" com peculiar sotaque local pode ser considerada uma experiência transcedental. No fim o passeio pelo Nordeste me fez um homem melhor. Tá, eu posso ter méritos próprios pois viajei com o espírito aberto para que isso acontecesse. Mas achei incrível a forma como as coisas aconteceram. Acho que pela primeira vez eu não estava verdadeiramente no controle e fazia questão de assim permanecer. Eu queria e consegui viver a novidade. Viver ao sabor do vento e ao barulho do mar. Mar este que se prestou ao papel de quintal para mim e meus amigos nos oito dias que permanecemos em solo nordestino. Que espetáculo, hein? Não, não precisa morrer de inveja, leitor, isso não é um privilégio meu, por isso faço questão de vir aqui e dividir minhas impressões com vocês.Ainda não foram as férias de sonho, mas foi o local em que cheguei mais próximo disso. Obrigado Deus, obrigado vida, obrigado mãe, obrigado amigos, obrigado Universo, por ter tido esse tempo. Valeu demais. Hoje é dia de voltar à minha vida, mas volto fortalecido e diferente, principalmente pela interferência e energias positivas de cada um de vocês. A vida é mesmo agora... Ora, blogs!

Top 10 nas férias

sexta-feira, 30 de julho de 2010 16:50 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários




1-Não ter horário para acordar e/ou almoçar,

2- Colocar as leituras e as bagunças de casa em ordem se preparando para os momentos de pico de stress no trabalho,

3- Dedicar-se à família,

4- Cinema, viagens,sushi, passeio no shopping e tudo que você consegue pensar de fútil para alimentar e preencher seu ócio,

5-Rir de si mesmo e dos outros,

6- Não se esqueça de sua espiritualidade e alimente-a,

7- Não se esqueça da sua intelectualidade e alimente-a,

8-Pense e repense seus sonhos. Desconstrua e reconstrua-os sempre que achar conveniente. Você precisará deles para tornar a vida mais leve.

9-Reserve alguns momentos simplesmente para respirar. Isso fará seu cérebro funcionar melhor.

10- Seja grato: à vida, à Deus, à família e aos amigos por fazerem de suas férias muito mais legais....

Nas férias, não quero saber- Postagem Temática

quarta-feira, 21 de julho de 2010 16:43 Postado por Divagações, pão e circo 4 comentários



Estou saindo de férias e como não estou altamente inspirado para escrever coisas lindas e profundas, resolvi fazer um Top 5 sobre o que não quero saber nos próximos 30 dias, já que o "Viver" não pode ficar fora da Postagem Temática.

1-COMPROMISSO: Nas férias, nem pensar. Quero ter tempo de passear, desmarquei qualquer tipo de consulta, tratamento, etc. Eu quero pensar....

2- MESMAS VIAGENS: Quero conhecer lugares aos quais nunca fui, ler os livros que me esperam pacientemente.

3- FICAR PARADO: Movimento é palavra de ordem. Não quero rever os quilos que eliminei com árdua dieta, mas também não quero me abster dos prazeres de comer (com moderação)

4- GENTE CHATA: Peço humildemente que me dêem 30 dias da sua doce ausência em minha vida.

5- EXIGÊNCIA: Quero apenas ser. Não há motivos para cobranças internos. Me dá um tempo, superego... rssss

* Esse texto faz parte da Postagem Temática. Para acompanhar os demais participantes desse projeto, acesse o Blog Sintonizados.

Continuando a rever conceitos

domingo, 11 de julho de 2010 06:09 Postado por Divagações, pão e circo 4 comentários



FAXINA GERAL Martha Medeiros


Há muitas coisas boas em se mudar de casa ou apartamento. Em princípio, toda e qualquer mudança é um avanço, um passo à frente, uma ousadia que nos concedemos, nós que tememos tanto o desconhecido. Mudar de endereço, no entanto, traz um benefício extra. Você pode estar se mudando porque agora tem condições de morar melhor, ou, ao contrário, porque está sem condições de manter o que possui e necessita ir para um lugar menor. Em qualquer dos dois casos, de uma coisa ninguém escapa: é hora de jogar muita tralha fora. E, se avaliarmos a situação sem meter o coração no meio, chegaremos a um previsível diagnóstico: quase tudo que guardamos é tralha.

Começando pelo segundo caso, o de você estar indo para um lugar menor. Salve! Considere isso uma simplificação da vida, e não um passo atrás. Não haverá espaço para guardar todos os seus móveis e badulaques. Se você for muito sentimental, vai doer um pouquinho. Mas não é crime ser racional: olhe que oportunidade de ouro para desfazer-se daquela estante enorme que ocupa todo o corredor, e também daquela sala de jantar de oito lugares que você só usa em meia dúzia de ocasiões especiais, já que faz as refeições do dia-a-dia na copa. Para que tantas poltronas gordas, tanta mobília herdada, tantos quadros que, pensando bem, nem bonitos são? Xô! Leve com você apenas o que combina e cabe na sua nova etapa de vida. O que sobrar, venda, ou melhor ainda: doe. Você vai se sentir como se tivesse feito o regime das nove luas, a dieta do leite azedo, ou seja lá o que estiver na moda hoje para emagrecer.

No caso de você estar indo para um lugar maior, vale o mesmo. Aproveite a chance espetacular que a vida está lhe dando para exercitar o desapego. Para que iniciar vida nova com coisa velha? Ok, você foi a fundo de caixa e não sobrou nada para a decoração, compreende-se. Pois leve seu fogão, sua geladeira, sua cama, seu sofá e o imprescindível para não dormir no chão. Pra começar, isso basta. Coragem: é hora de passar adiante todas as roupas que você pensa que vai usar um dia, sabendo que não vai. Hora de botar no lixo todas as panelas sem cabo, os tapetes desfiados, as almofadas com rombos, os discos arranhados, as plantas semimortas, aquela lixeira medonha do banheiro, os copos trincados, os guias telefônicos de três anos atrás, todas as flores artificiais, as revistas empoeiradas que você coleciona, a máquina de escrever guardada no baú, o aquário vazio e o violão com duas cordas. Tudo isso e mais o que você esconde no armário da dependência de serviço. Vamos lá, seja homem.

Caso você não esteja de mudança marcada, invente outra desculpa qualquer, mas livre-se você também da sua tralha. Poucas experiências são tão transcendentais como deixar nossas tranqueiras pra trás.

Na dança das horas- Postagem Temática

quarta-feira, 23 de junho de 2010 04:51 Postado por Divagações, pão e circo 7 comentários
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Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...
Oração ao tempo. Caetano Veloso

O tempo é o senhor da razão. Muitas vezes já falei da passagem do tempo em outros posts. Mas aqui me restrinjo ao tema proposto na Postagem Temática e falo dos muitos encantos que possuem a "meia hora". Meia hora é tempo suficiente para tomarmos um banho quente reparador. É recomendada meia hora para uma boa soneca após o almoço. Para a troca de olhares enamorados, meia hora. Trinta minutos para a prática da meditação. Para uma boa conversa concisa e pontual,meia hora. Para pensar e escrever sobre este texto que você agora lê, trinta minutos. Para uma boa caminhada contemplativa e para olhar a natureza, trinta minutos. Para um encontro você-com-você, peça já trinta minutos. Faz muito bem esse tempo para a alma. Não vou ficar aqui chorando quando tempo me é roubado por gente chata, por trabalho às vezes chato. Não quero ficar mal-humorado. Neste texto destaco o lado bom e a beleza do pequeno espaço de uma "meia-hora". Por último, lanço a pergunta: "Quantas meia-horas compõe uma vida? "
Por hoje é só. Ora, blogs!!!

O que é ser homem?

quinta-feira, 17 de junho de 2010 06:32 Postado por Divagações, pão e circo 1 comentários



"Não desperdice mais nenhum tempo discutindo sobre como um homem bom deveria ser. Seja um." (Marco Aurélio)

Até bem pouco tempo atrás, tinha dificuldade de se referir a mim como Homem. Eu via em mim o menino, o rapaz, o moço, mas pouco me via como Homem. Achava que para ser homem era necessário cumprir determinados papéis que ainda não construí. O papel de marido, o papel de pai, o papel de provedor, esses ainda não cumpri. Em terapia, constatei o contrário. Vi que o que se demanda é primeiro se reconhecer como Homem para só então começar a desenvolver ou pensar sobre esses papéis. Creio que ser Homem em 2010 não é tarefa simples. O mundo mudou, ficou mais ágil, passou a exigir mais de nós. Temos diversos papéis sociais a cumprir. As mulheres, pela sua polivalência nata, desempenham esses diversos papéis com certa desenvoltura. Nós, Homens, ainda estamos aprendendo. Ainda buscamos companheiras para cuidar de nós. Para nós, Homens, ainda é um desafio ser bom pai, ser bom profissional, bom companheiro, bom amante, tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Para ser Homem, a meu ver, é necessário ainda ser carinhoso, amoroso, atencioso e estar aberto ao diálogo. Sim, companheiros, DIÁLOGO. Sei o quanto é difícil para a gente demonstrar sentimento, demonstrar fraqueza e conversar, até pela construção social do papel do homem. Mas creio ser possível. Essa mudança proposta pela modernidade ainda é nova para a gente. Ser Homem, a meu ver, requer de nós sobretudo companheirismo e cumplicidade em todas as relações que se estabelecem.Arrogância? Mandou lembranças.Falta de sensibilidade? Mandou lembranças. Por hoje é só. Viva as coisas simples da vida. Ora, blogs!

Divulgando

sábado, 12 de junho de 2010 17:44 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários
Prezados,

em anexo segue o convite para lançamento de dois livros sobre Deficiência.
Os livros foram organizados por pesquisadores da Anis: Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero e por professores da Universidade de Brasília, do Departamento de Sociologia e de Serviço Social.
Os livros contam com capítulos e artigos inéditos, além de artigos atualizados e de autores também internacionais, como o prêmio Nobel de Economia Amartya Sen e da filósofa Martha Nussbaum.
Esperamos contar com a presença de todos e todas.

Abraços,
Alexandre

Deixando de ser uma linha reta

17:18 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários



" A linha reta não sonha" Oscar Niemeyer

Eu gosto muito de frases. Frases curtas, fortes e com conteúdo. E essa me chamou especial atenção quando li. Sempre achei que eu não era de sonhar, era bem pé no chão e perder o chão era algo que me incomodava. Mas hoje vejo que sonhei. E sonhei muito. E o melhor: Já realizei muito. Se eu não sonhasse, não teria vindo para Brasília. Se eu não sonhasse, teria me consolado com o que estava reservado a mim socialmente. Se eu não sonhasse, talvez não teria feito universidade federal. Não teria passado em bons concursos. Não seria da classe média, que financia um pequeno apartamento em 240 meses. Não teria ajudado a escrever um livro. Não teria plantado uma árvore. Ainda bem que eu e o Oscar Niemeyer sonhamos. Assim fazemos nossa parte por um mundo melhor. Eu sou curvilíneo. Oscar Niemeyer é curvilíneo. Fazemos a diferença no mundo em que vivemos. Ora, blogs!!!

Avassalador
Chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador
Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar
Lenine

Futebol arte já!

16:14 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Que saudade eu estava de postar aqui. Dias de correria aliados a computador com defeito provocaram minha ausência. Estava com saudade dos meus leitores e desta plataforma para colocar idéias, pensamentos e balangandãs. Hoje não tô afim de nada muito sério, acho que estou influenciado pelo clima da Copa do Mundo, em que a produção intelectual é fortemente afetado pelo "pensamento futebolístico coletivo". Neste desdobramento, fiquei pensativo sobre uma frase dita por Dunga: "No futebol não tem surpresa". Como assim??? Se é assim, por que os jogos emocionam? Será que é pela previsibilidade Dunguiana? Se não há surpresas no campo, como explicar a final da Copa de 1998? Será que a Nike previa que Ronaldinho iria amarelar? Acho que não.
O motivo que faz a frase de Dunga cair em desuso é simples: A seleção e o futebol são feitos por pessoas. Pessoas têm vida. E a vida é imprevisível, com pequenos capítulos que a gente escreve a cada dia. Continuo acreditando no futebol-arte e no molejo brasileiro acima do planejamento. Continuo acreditando nas surpresas que a vida traz. Tem sido melhor assim. Planejamento em excesso? Mandou lembranças. Ora, blogs!

Estou me jogando no precipício sem saber no que vai dar

quarta-feira, 2 de junho de 2010 04:35 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários



Falei esta frase em terapia e meu terapeuta me pediu um post com este tema. Escrever sobre isso não é um problema, eu disse. Tem a ver com o momento de vida que eu estou vivendo. O título parece forte e impulsivo, mas na verdade é um movimento de busca estruturado e bem pensado. Tem a ver com minha mudança de comportamento com relação a tudo. A questão do título tem a ver com o fato de que não conhecia este comportamento, não me era confortável. O movimento de mudança já começou e eu estou gostando, não nego. Sem tantas amarras, elas não são mais necessárias. No que estas mudanças resultarão, eu sinceramente ainda não sei. Mas é uma coisa que me instiga a seguir em frente. E o mais legal, como diria uma amiga minha, nossas conquistas não retroagem. Já não sou mais tão tímido, e acreditem, isso é muito importante para mim. Consigo me colocar com serenidade e me defender quando necessário sem que o coração saia pela boca. Uma das melhores coisas disso tudo e a serenidade tem me dado, é aprender quando dizer não e quando dizer "sim, sim,sim". Saber se posicionar sem decepcionar o outro, mas agradando a si mesmo. Isso não me exime de errar, errar e errar sempre. Tudo bem. Como eu disse, tenho sempre a idéia de que um post é a continuação do outro. Acho que isso também deve ter algum propósito. Mas isso eu deixo a cargo da vida. Eu quero é botar o meu (ou o nosso) bloco na rua. Se quiserem me acompanhar, estão convidadíssimos. Por hoje é só. ora, blogs!


Solta da minha mão
Leva o seu violão
Dentro do mochilão
Leva também o meu coração Paula Toller

Casamos e descasamos Postagem Temática

sábado, 29 de maio de 2010 17:50 Postado por Divagações, pão e circo 9 comentários



Casamos e descasamos várias vezes na vida.Eu mesmo casei e descasei várias vezes na vida. Casei com minha família no momento em que nasci. No momento em que mudei para minha rua, casei com meus vizinhos. Na infância, ao escolher meus amigos de infância, casei. Ao brigar com meu melhor amigo, descasei. Ao escolher ganhar um Pesca-Peixe (alguém lembra?) no Natal, casei com o brinquedo. Ao brigar várias vezes com meu melhor amigo, descasava. Ao escolher certa escola particular, casava. Ao escolher certa namorada, eu caso. Caso com a idéia. E separar ou descasar não significa necessariamente um fracasso, mas uma revisão de conceitos. Reavaliar o contrato de cessão e concessão para chegarmos a um acordo interessante para ambas as partes. Sim, porque um casamento precisa do outro pra existir. Nem que seja para haver um acordo de cooperação entre mim e eu mesmo. Casar é arte. Romper faz parte. Vida que segue. Viva as coisas simples da vida! Ora, blogs!

Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do “Blog sintonizados”, e teve como tema: “casamento”.

Nova forma de viver

terça-feira, 25 de maio de 2010 05:35 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários



"Não era amor, era melhor" Mercedes, personagem do filme Divã

Quando assisti o filme "Divã", com a Lília Cabral, não esperava que este filme fosse responsável pelo start da minha mudança de postura em relação à vida. Isto ocorreu há cerca de um ano atrás. Esperava rir muito. E só. Mas o filme faz mais que isso.Provoca reflexão. A partir daquele momento, escolhi para minha vida um tamanho menor. Explico. O que é realmente importante (e portanto, aquilo que deve ser levado em conta) é extremamente simples. A gente é que tem mania de complicar tudo. Fazer tempestade em copo d'água. Com esse filme ri muito sim, assim como era minha expectativa. Mas com as reflexões propostas, tocaram meu espírito. Talvez porque já estivesse com essa vontade latente, esse desejo de mudança. Queria valorizar o que já havia conseguido, não apenas correr atrás, correr atrás e atrás. A partir disso, resolvi dar um basta e procurar a terapia, pois acredito que estes profissionais estão mais preparados a lidar com determinadas situações. Além do que, por estar no meio do furacão, eu não seria a pessoa mais indicada para desatar sozinho meus próprios nós. E esta escolha deu muito certo. As coisas mudaram internamente a partir do momento que comecei a colocar meus bichos para fora. E agora, começa a reverberar externamente. Tenho tido retornos muito positivos. Ter um blog também me oferece compartilhar opiniões com vocês e ouvir ampliações sobre a mesma questão. Me deu vontade de escrever sobre isso e dividir os resultados positivos com vocês. Como não me furto mais a viver nada, aqui está. Um post metalinguístico, contando de onde surgiu tudo. É o que tem para hoje. A vida é mesmo agora. Ora, blogs!

Seja - Postagem temática

domingo, 16 de maio de 2010 11:12 Postado por Divagações, pão e circo 3 comentários


Seja morno ou quente,
Seja.
Gaste tempo sendo.
Quem é, existe
Quem vive na concepção da palavra, pulsa.
E o sangue
É quente
Não se restrinja
Se emocione
Evite ser frio
Respire
Seja grato
Resiliente
Quem é frio
Economiza vida
E quem economiza vida
Perdeu o melhor dela
Foi apático
Preferiu não dividir
Apenas existiu.

Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do “Blog sintonizados”, e teve como tema: “frio”.
Sugestão para o próximo tema: criatividade.

A caminho

quarta-feira, 12 de maio de 2010 04:00 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários



"Não sei onde eu tô indo, mas sei que eu tô no meu caminho" Raul Seixas

Cada vez mais Deus (e a vida) me convencem de que as coisas acontecem no momento certo. E se ainda não aconteceram é porque não era para ser naquele momento. Já me desesperei por pouca coisa. Já me desesperei por muita coisa. A questão toda é dar o peso certo para todas as coisas que nos acontecem. Acho que essa ansiedade em exceso, esse despreparo tem a ver com os arroubos da juventude, que vai passando (e está passando). Isso não significa que eu tenha respostas certas na ponta da língua. Se você me perguntar o que eu quero da vida e do futuro, em muitos quesitos, ainda não saberei responder. A diferença é que eu não espero mais as respostas certas, não acho que as terei um dia. E esse posicionamento me coloca numa postura mais ativa em relação à vida.Eu abro a porta para o que eu não conheço, me arrisco, por que a gente vai sempre errar, errar e errar de novo... e vez ou outra, acertar. A equação é desigual mesmo, a relação é desarmônica. Acho que a gente erra mais do que acerta. Poucos, contudo, acham graça do próprio desalinho, se reconhecem no próprio desajuste;e conseguem rir disso... Não há coisa melhor nessa vida. Estou nesse caminho de ser um ser humano mais possível, de ser alguém melhor. E ser como o vinho, que assiste à passagem do tempo e sofre interferências dela, mas sai melhor dessa experiência. Por hoje é só... Ora, blogs!

Minha inadequação à modernidade

sexta-feira, 7 de maio de 2010 16:25 Postado por Divagações, pão e circo 5 comentários



"Hoje em dia é tudo mini, micro, nano. Só o o meu dedo que continua grande e gordo e eu não consigo acertar direito as teclas dos aparelhos." Beto Silva, do Casseta, no Twitter

Esta frase é perfeita para ilustrar um novo post que abre oficialmente meu final de semana de forma bem-humorada e feliz. Sempre fui um homem à moda antiga, do tipo que ainda manda flores (eu, cantarolando Roberto Carlos, alguém em sã consciência imaginaria esta cena um dia?) Pois é, o mundo gira e as coisas mudam. O que era já não era mais. Contudo, ainda continuo um homem de 1950, com toques da modernidade que 2010 requer de mim. Ainda fugo de um celular ultra-moderno, o meu é basicão. Se encasquetar, jogo ele na parede e tiro férias de 6 meses dele. Já fiz isso uma vez e a sensação é libertadora e inigualável. Tenho meus momentos "comunistas" e de não-adequação ao sistema "muderno" vigente. Não esperem de mim que tenha o celular da última geração, nem o carro dos sonhos, não sou assim. Ainda valorizo as boas e velhas coisas, nao me nego a aderir à tecnologia, mas pra mim existe um certo limite que deve ser respeitado. Nunca devemos perder de vista nossos valores, nossos princípios, que por vezes relegamos em prol de um consumismo desenfreado. Eu ainda continuo o mesmo, talvez não tão apropriado, talvez não tão magro,mas com a esperança pois sempre existirá a beleza da boa e velha sexta-feira... Ufa!!! Em 2010, o mundo ainda é possível. Quer um sorvete de abóbora com coco? Viva as coisas simples da vida. Ora, blogs!

E estamos em maio

domingo, 2 de maio de 2010 04:57 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Andei meio sumido esta semana,não sei se por pura falta de tempo ou por um hiato da inspiração. Acho que foram as duas coisas somadas. Maio chegou e com ele o clima abafado de Brasília. Tenho saudades da época em que tirava a blusa de couro do armário e ia curtir os shows da Festa do Milho na minha cidade. Mas enfim, a vida agora é outra e tá tudo certo. Mas que lembro com saudades, lembro. E as minhas lembranças têm trilha sonora. E para lembrar de Minas, nada melhor que Flávio Venturini e 14 Bis:


Bola de Meia, Bola de Gude
Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão

A passagem do tempo trazem coisas boas, como a experiência, a maturidade e a vivência. Quero cuidar para não perder a essência do menino de antes, não há necessidade de abrir mão do que somos (ou do que fomos) para nos transmutarmos em um ser humano melhor. Gosto muito quando começa um novo mês. Me dá a sensação de renovação constante e necessária. Deus me livre se fosse tudo imutável. Seria linear e entediante. o mundo muda, o clima muda e a gente muda com eles. Ainda bem. E assim fazemos nossa passagem pelo tempo. Viva as coisas simples da vida!!! Ora, blogs!

Pelo sabor do gesto

sábado, 24 de abril de 2010 07:32 Postado por Divagações, pão e circo 3 comentários


"Nenhum homem é uma ilha isolada;
cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra(…)
E por isso não perguntes por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti." Jonh Donne

Tudo bem, somos um grão de areia frente ao oceano. Mas uma pequena parte forma o todo. A mudança positiva do mundo começa em mim. O melhor do ser humano é a capacidade de se transmutar sempre. E se a gente muda, o mundo muda com a gente. Eu jurava que isso era balela, mas não é. É real. Funciona. Sair da zona de conforto, às vezes dá trabalho, às vezes dá preguiça, mas resulta em um grande prazer. Sempre tive muito junto comigo um conceito de utilidade, de fazer bem aos outros. Talvez por isso o exercício da minha profissão me dê tanto prazer. Mas ficava só nisso. No amadurecimento do campo das idéias, percebi que a vida é auto-organizadora e auto-aplicável. Explico. Temos que fazer a nossa parte e ser úteis, mas a vida, que se renova a cada amanhecer, com o tempo vai se ajeitando mesmo no caos. Minha mãe sempre diz que não há mal que sempre dure, nem bem que dure para sempre. Tudo é transitório. Não adianta ter ansiedade. Resta a nós buscar regar e fazer crescer coisas, pessoas ou acontecimentos que nos fazem bem, para que eles possam perdurar em nossa vida. Até nisso, a natureza é sábia. Temos o verão para curtir uma praia com a família e o inverno para colocar aquele pijama de flanelas e tomar um bom chocolate quente. Pelo simples sabor do gesto. Viva as coisas simples da vida. Ora, blogs!!!

E se...

terça-feira, 20 de abril de 2010 06:56 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários


Nunca lidei muito bem com a expressão "E se..." pois sempre me pareceu que ela desse margem a um certo arrependimento ou amargor. Escrever sobre isso para mim é um desafio e como meu terapeuta tem o prazer de me desafiar, aí está. Não adianta, eu vou seguir no caminho que comecei a trilhar. Posivitismo sempre. E se a minha escolha for estar junto? E se eu deixasse o amargor de lado? E se dividisse a minha vida com alguém? E se fosse eu alegre e positivo? E se buscasse eu fazer diferença na vida das pessoas? E se eu demonstrasse o que sinto, sem medo das duras críticas (por que afinal elas não parecem mais tão implacáveis)? O " e se..." não tem mais tanto peso por que não existe a portinha ou a escolha certa. É tentativa e erro. E acertando ou errando, a gente vive. Retomando Clarice, eu não tenho a fórmula certa nem espero acertar sempre. O que eu tenho é boa vontade e um acordo de cooperação comigo mesmo. Nesta premissa, o que minha vida teria sido se tivesse feito outras escolhas, não importa mais. Sou o que sou porque me construí desta forma. E desta vez não tem "E se...", o que eu quero é buscar novas formas de ver a vida sem tanto peso, a vida tem a cor que a gente dá a ela. A vida é mesmo agora e eu vou até o fim. E se você me acompanhasse nessa trajetória? Ora, blogs!!!!

Mais do mesmo...

domingo, 18 de abril de 2010 12:20 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Essa imagem não tem a ver com o post, coloquei porque achei legal... rs


Sou uma pessoa muito ligada à arte; e dentro disso, gosto de discos e livros
Vou fazer aqui a minha listinha TOP 10 de CD's que ultimamente não saem do meu som. Confiram meu Playlist:

10- Luiza Possi- Bons Ventos sempre chegam- SOMLIVRE
9- Simone- Na Veia- Biscoito Fino
8- Diogo Nogueira- Tô fazendo a minha parte- EMI
7- Maria Rita-Samba Meu- Warner Music
6- Flávio Venturini- Porquê não tínhamos bicicleta
5- Vanessa da Mata-Sim- Sony Music
4- Skank- Estandarte- Sony Music
3-Fábio Júnior- Romântico- Sony Music
2- Maria Gadú- SOMLIVRE
1- Sorriso Maroto-Sinais- DeckDisk

Boa música numa boa vida....

Caminhando e cantando...

sábado, 17 de abril de 2010 09:01 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Cora Coralina

MAKTUB! Estava escrito. Se estava destinado a mim, eu vivo. Não me importa que seja breve,contato que seja intenso. Fase de transição completada com sucesso. Novos ares se apresentam. E a vivê-los e a sentí-los não me nego. Não mais economizo vida. Deram-nos a vida e não a eternidade. Viver para o outro sem ter a noção de que estamos perdendo tempo. Tenho a nítida sensação de que tudo o que escrevo aqui é a continuação de um único texto. Viver o outro porque partilhar significa crescer. A vida só nos dá a certeza de que sairemos antes do fim do espetáculo. Mas até o último ato, teremos condição de fazer diferença na vida das pessoas. E se assim o for, terá sido bom viver. Ter a capacidade de surpreender os outros e surpreender-se consigo mesmo. Isso fará de você alguém melhor e mais humano. Alguém mais próximo de você mesmo e menos "fake". A mudança anterior é a interior. Não adianta depositar todas as suas fichas de felicidade no outro. Isso não tornará as coisas melhores para você. Tudo estará bem se colocarmos a cabeça no nosso travesseiro e lembrarmos com carinho daquele dia vivido. Pensando assim, não terá sido MENOS um dia de vida e sim MAIS UM dia de vida. Ora, blogs!

Palavras apenas, palavras pequenas- Postagem Temática

quinta-feira, 15 de abril de 2010 18:42 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários




Minha intenção neste texto é destacar o poder de promover a união através das palavras. Já as palavras que ferem, as que afastam, as que desagregam, particularmente aqui, não me interessam. Continuando no caminho de valorizar as coisas simples da vida, devemos promover o diálogo. O diálogo é cheio de palavras. Para usá-las corretamente, devemos utilizar de sabedoria. A sabedoria, vem com a maturidade e a maturidade é experimentada a partir de várias experiências já vividas.
Com a maturidade tiramos o foco de nós mesmos e começamos a exercitar a auteridade. Utilizando as palavras a seu favor, você estará mais próximo de experimentar sentimentos importantes tais como amor, alegria, afetuosidade,etc. Palavras que constroem, palavras que confortam, nos colocam frente a frente com o verdadeiro sentido da vida: COMPARTILHAR. Vida longa às palavras que constroem uma bela amizade. Viva as coisas simples da vida. Ora,blogs!

Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do http://blogsintonizados.blogspost.com , e teve como tema: “palavras”. Sugiro como tema: " Família"

Podando meu jardim

domingo, 11 de abril de 2010 09:46 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários


Meu jardim- Vander Lee


Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

Cuidar do próprio jardim significa tirar o que está incomodando. Um mato alto pode incomodar. Brachiária pode incomodar. Uma árvore sem poda pode atrapalhar a passagem. Mas se você cuidar deste jardim, poderá retomar a visão da beleza das flores e enxergar a beleza tanto na chuva ao molhar as flores quanto no sol que cumpre a missão de renovar tudo. Renovação é hoje a palavra de ordem. Estou aprendendo e tentando cultivar uma visão otimista de tudo, mesmo que a situação a príncipio não me seja favorável. Isto por quê a vida é dinâmica e tudo muda (graças a Deus) a todo momento. Podemos ser os protagonistas da própria vida essa semana e na semana seguinte assumirmos a função de coadjuvante. E o que tem deixar as lentes e os holofotes temporariamente para o outro? Sabedoria para poder partilhar e entender que tudo é momentâneo. Prometeram-nos a vida e não a eternidade. Dividir a vida com o outro não significa abrir mão de si mesmo. Significa sim, abrir o leque de possibilidades.Ver a vida sob um novo prisma. Renovar é seguir em frente com a coragem de tomar um novo caminho. Este novo caminho pode parecer difícil, pois nem sempre o melhor caminho é o mais fácil.Estamos sempre em mutação e essa é a graça. A mensagem de hoje é buscar viver positivamente. Boa semana a todos!!!! Ora, blogs.

Pré-ocupação

sexta-feira, 9 de abril de 2010 03:12 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários


Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra.
Pedro Bial

A idéia ser alguem com postura de vida mais leve inclui não se preocupar com as coisas que não valem a pena. Isso significa fazer as coisas com sabedoria e lutar pela plenitude, outros termos tantas vezes discutidas aqui neste espaço. A vida é muito curta para se arrepender e muito curta para se preocupar. A vida acaba tomando os rumos por si só e ela é muito sábia nesta tarefa. Basta que você dê tempo ao tempo. Acredito que a nossa tarefa neste caso seja batalhar em busca do nosso auto-conhecimento e coisas que nos dão prazer. Preocupar-se por demais faz-nos dispender muita energia em troca de pouco resultado efetivo. Deveríamos estar ocupados em viver, isso, por si só, já nos consumiria muito. Muitos não vivem, apenas existem. A maturidade nos faz entender que ansiedade em excesso não nos serve de muita coisa e não passa de um arroubo da juventude. Sejamos maduros pois a vida na verdade é muito simples, os seres humanos é que complicam tudo. Retomemos a essência da vida, que pode ser resumida neste trecho de poema, de Cora Coralina:

Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.

Relendo Clarice

quinta-feira, 8 de abril de 2010 20:55 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários




Um pouco de Clarice para tornar a noite mais agradável:

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre

Clarice Lispector

É o que tem para hoje... Ora, blogs!

Campanha: Uma coisa simples por dia.

terça-feira, 6 de abril de 2010 07:11 Postado por Divagações, pão e circo 1 comentários



"Simplicidade é a sofisticação máxima." (Leonardo da Vinci)

Apesar de defender e levantar bandeira publicamente pelo valor das coisas simples da vida, percebo que isso vem se perdendo no decorrer da modernidade. Li um artigo agora em uma revista mensal que assino que teve como tema central a simplicidade. Juro que fiquei inundado por uma sensaçao de bem-estar. Em meio à complexidade da vida moderna, ainda tem gente que acredita na essência da vida. O que realmente importa, é sempre muito simples. Os termos "simples" e "complexo" têm origem no latim. Sin significa único, singular e plex quer dizer dobra. Logo, aquilo que é simples tem uma única dobra. Baseado nessa premissa de simplicidade como uma filosofia de vida, elaborei uma agenda com atitudes relatimente simples, mas que alimentam aquilo que quero fazer crescer em mim. Vejam:

Domingo: Cuidar do ambiente em que vivo. Reduzir o tempo do banho (os meus banhos geralmente são demorados).

Segunda: Não esquecer de desejar uma boa semana a todas as pessoas que são a mim caras e nem sempre estão perto.

Terça: Ouvir uma música bem antiga, que me conduza a memórias afetivas interessantes.

Quarta: Procurar uma forma de demonstrar gratidão, seja por palavras ou algo que possa simbolizar esse sentimento.

Quinta: Procurar fazer o bem ao semelhante, seja através do seu trabalho ou vida pessoal. Nunca perder a noção de utilidade e pertencimento.

Sexta: Assistir a uma boa comédia. Isso auxilia a rir de si mesmo.

Sábado: Fim de semana é dia de limpeza. Tire o pó, arrume as gavetas. Isso pode simbolizar também uma limpeza interna.

Viva as #coisassimples da vida. Ora, blogs!

Cinema, Aspirinas, Urubus (e bolinhos de chuva)

domingo, 4 de abril de 2010 18:19 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários

Este feriado foi útil para fechar um ciclo de forma oficial. A vida fechou mais um ciclo para mim. Não com pesar, mas com alegria (efeito talvez da terapia recém- iniciada). Consegui viver o luto e virar a página. Já estou querendo ver a novidade, ver como funciona outro setor no trabalho, buscar o frescor que a vida possa me oferecer. Já estou conseguindo ver graça nas coisas, sem ter uma nuvem cinzenta em cima de mim. Sinto este espaço como um prolongameto do espaço terapêutico, pois este texto, bom ou ruim, representa tudo o que sou nesse segundo. Se amanhã este texto terá o mesmo sentido, não posso afirmar. Isso porque consegui entender que a vida tem a capacidade de se renovar, de tempos em tempos.Tudo o que é social, é cíclico. E sendo cíclico, vem e vai. Só a finitude não se resolve (graças a Deus, a imortalidade seria muito chata...) De resto, tudo é administrável. Aproveitei o feriado chuvoso para "botar a casa (interna e externa)em ordem. Tirei o pó das gavetas, organizei fotos e CD's, joguei o que não valia a pena fora e guardei o que era importante num pequeno baú. No mundo do simbólico, sinto que a vida tem me dado uma nova chance e também estou nesse exercício de jogar fora o que não vale a pena e guardar o que é importante. Uma limpeza interior. Assim como a vida, me renovar ao sabor do vento. Rir mais de si mesmo. Tornar-se ridículo. Tornar as coisas mais leves. Achar graça. Entender que nem tudo o que se fala tem a obrigação de ser erudito e aproveitável. Achar que um feriado chuvoso pode ser ótimo para comer bolinhos de chuva e sentir o gosto da casa da mãe mesmo estando a 400km de distância dela. Viu como um simples bolinho de chuva pode ser tão bom? Viva as #coisassimples da vida. A próposito, alguém aí tem a receita de #pudimdechocolate? Ora, blogs.

Homenagem a Patos de Minas

sábado, 3 de abril de 2010 17:47 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários
Música super alto-astral que conduz minhas memórias a Patos de Minas com saudades, mas com alegria.
Fiquem com Bruna Caram, "Caminho pro Interior".


Atual idéia de felicidade

15:50 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários




"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito".
Clarice Lispector


10 maneiras pessoais de felicidade:

1- Adormecer no sofá depois de assistir à novela das 8.
2- Contar com a minha secretária do lar 2 vezes por semana.
3- Ir ao cinema ao menos 1 vez por semana.
4-Ir ao terapeuta de 15 em 15 dias
5- Comer a salada do Alpendre junto com um suco de mamão com laranja e adoçante
6-Ouvir o CD que te toca no momento e viajar junto com a música
7- Se esforçar sempre em ser importante na vida dos outros e ser útil no mundo
8- Fazer novos amigos e manter os antigos
9- Tomar um banho demorado
10- Ler sempre mais e escrever melhor.

Viva as coisas simples da vida!!!! Ora, Blogs!

Não admiro os covardes

segunda-feira, 22 de março de 2010 05:58 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários



Bons ventos sempre chegam. Pessoas sempre chegam e partem. E isso não pode ser enquadrado apenas como bom ou ruim, é muito pouco tentar reduzir esse êxodo sentimental em adjetivos tão curtos e não correspondentes. Percebi que Deus sempre esteve ao meu lado, me presenteando com uma força de vontade admirada por muitos e me dando gás para vencer cada desafio proposto. Talvez eu não veja os resultados de minha luta em sua totalidade, talvez eu esteja brigando por um mundo melhor para gerações futuras. Não vejo isso como um peso, eu brigo enquanto vivo e, se vivo, não posso considerar que esteja perdendo tempo. Luto pelo que acredito. Sou tão intenso nessa busca que o desafio atual é encontrar o ponto de equilíbrio para que essa intensidade não se volte contra mim. O engraçado é que a vida parece estar entendendo esse meu novo recado, me apresentando a novas situações em mares nunca dantes por mim navegados e estou conseguindo mudar um pouco da postura pessoal, antes tão rígida e rigorosa comigo mesmo, agora já não tanto e sem sofrer. E agora entendi que deixar o passado não significa romper com ele, mas simplesmente estar aberto às novidades que o presente me coloca. Preservar as pessoas que fizeram parte do passado e acrescentar novas pessoas ao meu cotidiano. Estou aberto. Sei que tudo depende de uma mudança de posicionamento. E sei que estou crescendo neste sentido. À medida que penso, escrevo, e à medida que escrevo, dou forma e nome ao que me incomoda, me desnudo, me desconstruo e me reconstruo. A vida é isso e eu quero ser assim: Autêntico, mas dinâmico. Não admiro os covardes. É necessário coragem para dar um salto rumo ao desconhecido. Viva as coisas simples da vida. Muitas vezes basta ser, como diria Cora Coralina. Ora, blogs!

Do incontrolável ao intangível!

quinta-feira, 11 de março de 2010 18:32 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários




DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana

Percebo agora que existe vida feliz nas surpresas que a vida traz... Cada vez mais acredito nas forças do destino e que a vida é feita de momentos, de picos e vales. Tudo depende do seu posicionamento, pois com ele você pode prolongar o seu pico e sair mais depressa de um vale. Você pode reclamar de ter que ir trabalhar ou agradecer a Deus por ter um emprego. Um posicionamento positivo diante das situações pode te fazer mais feliz, te livrar de doenças e decepções. Não acredito numa felicidade completa, até porque essa felicidade completa por vezes, pode ser enfadonha. A incompletude, a inquietude e a falta movem o mundo. A ausência é a falta. E essa falta nos impulsiona como seres humanos. A ausência gera uma incompletude. E enquanto essa falta a ti importa, existe vida. E o pulso ainda pulsa. Difícil seria lidar com a indiferença. Não sei lidar com a apatia. Me ame ou me odeie, nunca fui unanimidade mesmo, meio que tanto faz. Mas reaja. E seja com toda a força que puder. Mas seja. Pulse. Viva. Porque a vida é mesmo agora. Retornemos ao que realmente importa, resgate a essência. Compartilhar, esta é a palavra de ordem do momento. Ora, blogs!

quinta-feira, 4 de março de 2010 03:48 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina


Existe uma medida certa das coisas? Qual seria o equilíbrio entre a noite e o dia? Seria o meio-dia? Não sei.Fiquei pensando, gente, porquê levo as coisas tão a ferro e fogo, com tanta intensidade? Não é necessário. Tem que ser sábio nisso também. Tenho percebido que a vida tem me dado chances de uma nova virada e estou afim de aproveitar este momento. Quero fazer essa virada com consistência, para que isto não precise se virar contra mim. Não é necessário. Quero sabedoria, não precisa ser estourado sempre, senão quem se dá mal serei eu mesmo. E jogar contra mim mesmo, não poderei. É irracional. É preciso saber viver. Um dia eu ainda aprendo. Não parece, mas sou ainda jovem.

Como é que se diz “Eu te amo” hoje em dia?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 17:26 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Como diria o velho Renato Russo, que cantou a juventude como ninguém: Como é que se diz Eu te amo hoje em dia?Será que é "Vamos ficar um pouquinho, gatinha? " Me atrevi a procurar uma resposta paupável. A frigidez das relações das pessoas,pautadas quase que unicamente na segurança virtual tem me assustado um pouco. Isso tem gerado pessoas carentes e inseguras. Firmados na falta de tempo e na vulnerabilidade das situações de violências nos grandes centros, estas pessoas tem se proliferado. Mas como relacionamento é uma coisa inerente a todo ser humano (é importante aqui parafrasear Jobim, é impossível ser feliz sozinho);essa galera carente precisava de um terreno para se manifestar, e encontrou lugar propício no MSN e no ORKUT. Já reparou que nestes lugares todo mundo te ama? Ou ainda vai querer o almejado topo dos seus depoimentos?Nada contra, mas o inventor deste almejado topo já deve ter se matado de tanta carência. Dia desses, após receber 30 scraps em um único dia (e nem meu aniversário era), reparei que o final das mensagens tinha algo em comum:as garotas (absolutamente todas) mandavam bj (beijo) ou soltavam um tiiiii amoooooo como se ao aumentar a quantidade de letras representasse necessariamente a intensidade do estranho sentimento afetuoso. Não critico a demonstração de carinho, mas por segundos cheguei até a pensar que eu era o popular da turma. Doce ilusão. Graças a Deus voltei à realidade e vi que se trata da manifestação de como faz falta um Bom dia verdadeiro, à constatação de que demonstramos sensatez quando reconhecemos que temos dois ouvidos e uma boca ( e não é uma "peça" da nossa fisiologia, tá? ) e que valorizamos a humanidade quando cultivamos as amizades de antigamente. Conclusão: temos facilidade de amar na segurança da separação física de um computador, mas temos dificuldade de amar como nossos avós sabiamente o fizeram: na pureza do ato das mãos dadas no banco da praça central da cidade. Voltemos às coisas simples da vida. Nelas residem a verdadeira felicidade.

Reflexões de um passado recente

06:47 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Ana Carolina Uma Louca Tempestade(Ana Carolina)

Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes,
que teus olhos não me têm deixado ver
Agora eu vou viver
Eu quero sair de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento
pela pele um pensamento me fará
Uma louca tempestade
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer de ti
Eu quero partir de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento
pela pele um pensamento me fará
Uma louca tempestade
Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes,
que teus olhos não me têm deixado ver
Agora eu vou viver
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer de ti

Tenho mania de abstrair as letras das músicas em forma de desenhos, passagens ou fatos da minha vida. E esta música sempre me marcou, pois acho-a forte. Forte como eu precisei ser. Ontem eu a ouvi, e ela não me tocou mais como outrora. E como estou tirando (ou pelo menos tentando tirar), tudo o que é morno da minha vida, esse post representa uma despedida. Não vale mais só apostar em zonas de conforto, quero novidade de vida. Tudo certo como dois e dois são cinco, como diria o velho Caetano. Mas e daí? Mudar também significa pular da ponte para ver o que há além do abismo. E se não der certo, a gente reconhece o erro e volta atrás. Só se deve deixar de ousar quando se para de respirar e o ser humano deve se instigar com a finitude. É o que tem para hoje, páginas viradas... e a vida segue. Ora, blogs!

Vida é falta de definição

sábado, 20 de fevereiro de 2010 14:49 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

Acho que este texto é um pouco de continuação do texto anterior. Acredito que um assunto nunca se esgota em registro de 30 linhas e se retomar isso é necessário, é o que eu vou fazer. Talvez porque isso esteja me incomodando nesse momento. Ou ainda pode ser que venha tomando proporções maiores do que realmente tem. Não adianta procurar definição. Vida é falta de definição. Estive pensando hoje sobre quem eu era e quem me tornei. Não existe muita distância entre o Alexandre de 12 anos e o Alexandre de 27 anos. Mudei algumas poucas coisas, mas a essência está mantida. O que eu vejo hoje de diferente é a maturidade. Maturidade de saber o que eu quero e o que eu não quero, lutar pelo que acredito. Errar também é um ato de coragem e se eu erro é buscando acertar. Vida é falta de definição. Então, não posso e nem devo ser prepotente achando que a vida seguirá o meu conselho. Vida é partilhar. Partilhar é ceder. Ceder é compreender. Compreender é respeitar. Respeitar é entender. Entender é admirar. Respeitar é necessário. É preciso coragem!

Alexandre Alves


O começo de tudo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010 07:52 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

Escrevo para dar contorno ao que em mim fica solto e não enquadra. Espero encontrar aqui uma zona de conforto, para livre e deliberada expressão sobre quem sou (ou talvez o mais certo seria dizer, quem "estou"), porque acabo de descobrir e constatar que o que vale na vida é a transitoriedade do momento. Não há fórmulas nem elixires da felicidade eterna.


O que vale e o que é mágico é verificar o amadurecimento que vem com o passar dos anos. Aliás, o passar dos anos por si só não me assusta, já que por enquanto minha relação é só de ganhos.


O que levo de lição para hoje é que não existe a portinha certa, a escolha mais ética, não existe uma escolha mais correta. A graça da vida é a imperfeição (ou a discutível perfeição). Tudo muda, a todo minuto. É transitório. Não existe uma garantia de eternidade. Quero conviver melhor com as imperfeições, desfazendo e refazendo conceitos, antes tão sólidos e indestrutíveis, agora absolutamente questionáveis. Que se danem os nós que Nós mesmos por vezes nos impomos. Ora, blogs!

Alexandre Alves