Casamos e descasamos Postagem Temática

sábado, 29 de maio de 2010 17:50 Postado por Divagações, pão e circo 9 comentários



Casamos e descasamos várias vezes na vida.Eu mesmo casei e descasei várias vezes na vida. Casei com minha família no momento em que nasci. No momento em que mudei para minha rua, casei com meus vizinhos. Na infância, ao escolher meus amigos de infância, casei. Ao brigar com meu melhor amigo, descasei. Ao escolher ganhar um Pesca-Peixe (alguém lembra?) no Natal, casei com o brinquedo. Ao brigar várias vezes com meu melhor amigo, descasava. Ao escolher certa escola particular, casava. Ao escolher certa namorada, eu caso. Caso com a idéia. E separar ou descasar não significa necessariamente um fracasso, mas uma revisão de conceitos. Reavaliar o contrato de cessão e concessão para chegarmos a um acordo interessante para ambas as partes. Sim, porque um casamento precisa do outro pra existir. Nem que seja para haver um acordo de cooperação entre mim e eu mesmo. Casar é arte. Romper faz parte. Vida que segue. Viva as coisas simples da vida! Ora, blogs!

Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do “Blog sintonizados”, e teve como tema: “casamento”.

Nova forma de viver

terça-feira, 25 de maio de 2010 05:35 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários



"Não era amor, era melhor" Mercedes, personagem do filme Divã

Quando assisti o filme "Divã", com a Lília Cabral, não esperava que este filme fosse responsável pelo start da minha mudança de postura em relação à vida. Isto ocorreu há cerca de um ano atrás. Esperava rir muito. E só. Mas o filme faz mais que isso.Provoca reflexão. A partir daquele momento, escolhi para minha vida um tamanho menor. Explico. O que é realmente importante (e portanto, aquilo que deve ser levado em conta) é extremamente simples. A gente é que tem mania de complicar tudo. Fazer tempestade em copo d'água. Com esse filme ri muito sim, assim como era minha expectativa. Mas com as reflexões propostas, tocaram meu espírito. Talvez porque já estivesse com essa vontade latente, esse desejo de mudança. Queria valorizar o que já havia conseguido, não apenas correr atrás, correr atrás e atrás. A partir disso, resolvi dar um basta e procurar a terapia, pois acredito que estes profissionais estão mais preparados a lidar com determinadas situações. Além do que, por estar no meio do furacão, eu não seria a pessoa mais indicada para desatar sozinho meus próprios nós. E esta escolha deu muito certo. As coisas mudaram internamente a partir do momento que comecei a colocar meus bichos para fora. E agora, começa a reverberar externamente. Tenho tido retornos muito positivos. Ter um blog também me oferece compartilhar opiniões com vocês e ouvir ampliações sobre a mesma questão. Me deu vontade de escrever sobre isso e dividir os resultados positivos com vocês. Como não me furto mais a viver nada, aqui está. Um post metalinguístico, contando de onde surgiu tudo. É o que tem para hoje. A vida é mesmo agora. Ora, blogs!

Seja - Postagem temática

domingo, 16 de maio de 2010 11:12 Postado por Divagações, pão e circo 3 comentários


Seja morno ou quente,
Seja.
Gaste tempo sendo.
Quem é, existe
Quem vive na concepção da palavra, pulsa.
E o sangue
É quente
Não se restrinja
Se emocione
Evite ser frio
Respire
Seja grato
Resiliente
Quem é frio
Economiza vida
E quem economiza vida
Perdeu o melhor dela
Foi apático
Preferiu não dividir
Apenas existiu.

Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do “Blog sintonizados”, e teve como tema: “frio”.
Sugestão para o próximo tema: criatividade.

A caminho

quarta-feira, 12 de maio de 2010 04:00 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários



"Não sei onde eu tô indo, mas sei que eu tô no meu caminho" Raul Seixas

Cada vez mais Deus (e a vida) me convencem de que as coisas acontecem no momento certo. E se ainda não aconteceram é porque não era para ser naquele momento. Já me desesperei por pouca coisa. Já me desesperei por muita coisa. A questão toda é dar o peso certo para todas as coisas que nos acontecem. Acho que essa ansiedade em exceso, esse despreparo tem a ver com os arroubos da juventude, que vai passando (e está passando). Isso não significa que eu tenha respostas certas na ponta da língua. Se você me perguntar o que eu quero da vida e do futuro, em muitos quesitos, ainda não saberei responder. A diferença é que eu não espero mais as respostas certas, não acho que as terei um dia. E esse posicionamento me coloca numa postura mais ativa em relação à vida.Eu abro a porta para o que eu não conheço, me arrisco, por que a gente vai sempre errar, errar e errar de novo... e vez ou outra, acertar. A equação é desigual mesmo, a relação é desarmônica. Acho que a gente erra mais do que acerta. Poucos, contudo, acham graça do próprio desalinho, se reconhecem no próprio desajuste;e conseguem rir disso... Não há coisa melhor nessa vida. Estou nesse caminho de ser um ser humano mais possível, de ser alguém melhor. E ser como o vinho, que assiste à passagem do tempo e sofre interferências dela, mas sai melhor dessa experiência. Por hoje é só... Ora, blogs!

Minha inadequação à modernidade

sexta-feira, 7 de maio de 2010 16:25 Postado por Divagações, pão e circo 5 comentários



"Hoje em dia é tudo mini, micro, nano. Só o o meu dedo que continua grande e gordo e eu não consigo acertar direito as teclas dos aparelhos." Beto Silva, do Casseta, no Twitter

Esta frase é perfeita para ilustrar um novo post que abre oficialmente meu final de semana de forma bem-humorada e feliz. Sempre fui um homem à moda antiga, do tipo que ainda manda flores (eu, cantarolando Roberto Carlos, alguém em sã consciência imaginaria esta cena um dia?) Pois é, o mundo gira e as coisas mudam. O que era já não era mais. Contudo, ainda continuo um homem de 1950, com toques da modernidade que 2010 requer de mim. Ainda fugo de um celular ultra-moderno, o meu é basicão. Se encasquetar, jogo ele na parede e tiro férias de 6 meses dele. Já fiz isso uma vez e a sensação é libertadora e inigualável. Tenho meus momentos "comunistas" e de não-adequação ao sistema "muderno" vigente. Não esperem de mim que tenha o celular da última geração, nem o carro dos sonhos, não sou assim. Ainda valorizo as boas e velhas coisas, nao me nego a aderir à tecnologia, mas pra mim existe um certo limite que deve ser respeitado. Nunca devemos perder de vista nossos valores, nossos princípios, que por vezes relegamos em prol de um consumismo desenfreado. Eu ainda continuo o mesmo, talvez não tão apropriado, talvez não tão magro,mas com a esperança pois sempre existirá a beleza da boa e velha sexta-feira... Ufa!!! Em 2010, o mundo ainda é possível. Quer um sorvete de abóbora com coco? Viva as coisas simples da vida. Ora, blogs!

E estamos em maio

domingo, 2 de maio de 2010 04:57 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Andei meio sumido esta semana,não sei se por pura falta de tempo ou por um hiato da inspiração. Acho que foram as duas coisas somadas. Maio chegou e com ele o clima abafado de Brasília. Tenho saudades da época em que tirava a blusa de couro do armário e ia curtir os shows da Festa do Milho na minha cidade. Mas enfim, a vida agora é outra e tá tudo certo. Mas que lembro com saudades, lembro. E as minhas lembranças têm trilha sonora. E para lembrar de Minas, nada melhor que Flávio Venturini e 14 Bis:


Bola de Meia, Bola de Gude
Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão

A passagem do tempo trazem coisas boas, como a experiência, a maturidade e a vivência. Quero cuidar para não perder a essência do menino de antes, não há necessidade de abrir mão do que somos (ou do que fomos) para nos transmutarmos em um ser humano melhor. Gosto muito quando começa um novo mês. Me dá a sensação de renovação constante e necessária. Deus me livre se fosse tudo imutável. Seria linear e entediante. o mundo muda, o clima muda e a gente muda com eles. Ainda bem. E assim fazemos nossa passagem pelo tempo. Viva as coisas simples da vida!!! Ora, blogs!