Não admiro os covardes

segunda-feira, 22 de março de 2010 05:58 Postado por Divagações, pão e circo 2 comentários



Bons ventos sempre chegam. Pessoas sempre chegam e partem. E isso não pode ser enquadrado apenas como bom ou ruim, é muito pouco tentar reduzir esse êxodo sentimental em adjetivos tão curtos e não correspondentes. Percebi que Deus sempre esteve ao meu lado, me presenteando com uma força de vontade admirada por muitos e me dando gás para vencer cada desafio proposto. Talvez eu não veja os resultados de minha luta em sua totalidade, talvez eu esteja brigando por um mundo melhor para gerações futuras. Não vejo isso como um peso, eu brigo enquanto vivo e, se vivo, não posso considerar que esteja perdendo tempo. Luto pelo que acredito. Sou tão intenso nessa busca que o desafio atual é encontrar o ponto de equilíbrio para que essa intensidade não se volte contra mim. O engraçado é que a vida parece estar entendendo esse meu novo recado, me apresentando a novas situações em mares nunca dantes por mim navegados e estou conseguindo mudar um pouco da postura pessoal, antes tão rígida e rigorosa comigo mesmo, agora já não tanto e sem sofrer. E agora entendi que deixar o passado não significa romper com ele, mas simplesmente estar aberto às novidades que o presente me coloca. Preservar as pessoas que fizeram parte do passado e acrescentar novas pessoas ao meu cotidiano. Estou aberto. Sei que tudo depende de uma mudança de posicionamento. E sei que estou crescendo neste sentido. À medida que penso, escrevo, e à medida que escrevo, dou forma e nome ao que me incomoda, me desnudo, me desconstruo e me reconstruo. A vida é isso e eu quero ser assim: Autêntico, mas dinâmico. Não admiro os covardes. É necessário coragem para dar um salto rumo ao desconhecido. Viva as coisas simples da vida. Muitas vezes basta ser, como diria Cora Coralina. Ora, blogs!

Do incontrolável ao intangível!

quinta-feira, 11 de março de 2010 18:32 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários




DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana

Percebo agora que existe vida feliz nas surpresas que a vida traz... Cada vez mais acredito nas forças do destino e que a vida é feita de momentos, de picos e vales. Tudo depende do seu posicionamento, pois com ele você pode prolongar o seu pico e sair mais depressa de um vale. Você pode reclamar de ter que ir trabalhar ou agradecer a Deus por ter um emprego. Um posicionamento positivo diante das situações pode te fazer mais feliz, te livrar de doenças e decepções. Não acredito numa felicidade completa, até porque essa felicidade completa por vezes, pode ser enfadonha. A incompletude, a inquietude e a falta movem o mundo. A ausência é a falta. E essa falta nos impulsiona como seres humanos. A ausência gera uma incompletude. E enquanto essa falta a ti importa, existe vida. E o pulso ainda pulsa. Difícil seria lidar com a indiferença. Não sei lidar com a apatia. Me ame ou me odeie, nunca fui unanimidade mesmo, meio que tanto faz. Mas reaja. E seja com toda a força que puder. Mas seja. Pulse. Viva. Porque a vida é mesmo agora. Retornemos ao que realmente importa, resgate a essência. Compartilhar, esta é a palavra de ordem do momento. Ora, blogs!

quinta-feira, 4 de março de 2010 03:48 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina


Existe uma medida certa das coisas? Qual seria o equilíbrio entre a noite e o dia? Seria o meio-dia? Não sei.Fiquei pensando, gente, porquê levo as coisas tão a ferro e fogo, com tanta intensidade? Não é necessário. Tem que ser sábio nisso também. Tenho percebido que a vida tem me dado chances de uma nova virada e estou afim de aproveitar este momento. Quero fazer essa virada com consistência, para que isto não precise se virar contra mim. Não é necessário. Quero sabedoria, não precisa ser estourado sempre, senão quem se dá mal serei eu mesmo. E jogar contra mim mesmo, não poderei. É irracional. É preciso saber viver. Um dia eu ainda aprendo. Não parece, mas sou ainda jovem.