Como é que se diz “Eu te amo” hoje em dia?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 17:26 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Como diria o velho Renato Russo, que cantou a juventude como ninguém: Como é que se diz Eu te amo hoje em dia?Será que é "Vamos ficar um pouquinho, gatinha? " Me atrevi a procurar uma resposta paupável. A frigidez das relações das pessoas,pautadas quase que unicamente na segurança virtual tem me assustado um pouco. Isso tem gerado pessoas carentes e inseguras. Firmados na falta de tempo e na vulnerabilidade das situações de violências nos grandes centros, estas pessoas tem se proliferado. Mas como relacionamento é uma coisa inerente a todo ser humano (é importante aqui parafrasear Jobim, é impossível ser feliz sozinho);essa galera carente precisava de um terreno para se manifestar, e encontrou lugar propício no MSN e no ORKUT. Já reparou que nestes lugares todo mundo te ama? Ou ainda vai querer o almejado topo dos seus depoimentos?Nada contra, mas o inventor deste almejado topo já deve ter se matado de tanta carência. Dia desses, após receber 30 scraps em um único dia (e nem meu aniversário era), reparei que o final das mensagens tinha algo em comum:as garotas (absolutamente todas) mandavam bj (beijo) ou soltavam um tiiiii amoooooo como se ao aumentar a quantidade de letras representasse necessariamente a intensidade do estranho sentimento afetuoso. Não critico a demonstração de carinho, mas por segundos cheguei até a pensar que eu era o popular da turma. Doce ilusão. Graças a Deus voltei à realidade e vi que se trata da manifestação de como faz falta um Bom dia verdadeiro, à constatação de que demonstramos sensatez quando reconhecemos que temos dois ouvidos e uma boca ( e não é uma "peça" da nossa fisiologia, tá? ) e que valorizamos a humanidade quando cultivamos as amizades de antigamente. Conclusão: temos facilidade de amar na segurança da separação física de um computador, mas temos dificuldade de amar como nossos avós sabiamente o fizeram: na pureza do ato das mãos dadas no banco da praça central da cidade. Voltemos às coisas simples da vida. Nelas residem a verdadeira felicidade.

Reflexões de um passado recente

06:47 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários


Ana Carolina Uma Louca Tempestade(Ana Carolina)

Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes,
que teus olhos não me têm deixado ver
Agora eu vou viver
Eu quero sair de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento
pela pele um pensamento me fará
Uma louca tempestade
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer de ti
Eu quero partir de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento
pela pele um pensamento me fará
Uma louca tempestade
Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes,
que teus olhos não me têm deixado ver
Agora eu vou viver
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer de ti

Tenho mania de abstrair as letras das músicas em forma de desenhos, passagens ou fatos da minha vida. E esta música sempre me marcou, pois acho-a forte. Forte como eu precisei ser. Ontem eu a ouvi, e ela não me tocou mais como outrora. E como estou tirando (ou pelo menos tentando tirar), tudo o que é morno da minha vida, esse post representa uma despedida. Não vale mais só apostar em zonas de conforto, quero novidade de vida. Tudo certo como dois e dois são cinco, como diria o velho Caetano. Mas e daí? Mudar também significa pular da ponte para ver o que há além do abismo. E se não der certo, a gente reconhece o erro e volta atrás. Só se deve deixar de ousar quando se para de respirar e o ser humano deve se instigar com a finitude. É o que tem para hoje, páginas viradas... e a vida segue. Ora, blogs!

Vida é falta de definição

sábado, 20 de fevereiro de 2010 14:49 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

Acho que este texto é um pouco de continuação do texto anterior. Acredito que um assunto nunca se esgota em registro de 30 linhas e se retomar isso é necessário, é o que eu vou fazer. Talvez porque isso esteja me incomodando nesse momento. Ou ainda pode ser que venha tomando proporções maiores do que realmente tem. Não adianta procurar definição. Vida é falta de definição. Estive pensando hoje sobre quem eu era e quem me tornei. Não existe muita distância entre o Alexandre de 12 anos e o Alexandre de 27 anos. Mudei algumas poucas coisas, mas a essência está mantida. O que eu vejo hoje de diferente é a maturidade. Maturidade de saber o que eu quero e o que eu não quero, lutar pelo que acredito. Errar também é um ato de coragem e se eu erro é buscando acertar. Vida é falta de definição. Então, não posso e nem devo ser prepotente achando que a vida seguirá o meu conselho. Vida é partilhar. Partilhar é ceder. Ceder é compreender. Compreender é respeitar. Respeitar é entender. Entender é admirar. Respeitar é necessário. É preciso coragem!

Alexandre Alves


O começo de tudo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010 07:52 Postado por Divagações, pão e circo 0 comentários

Escrevo para dar contorno ao que em mim fica solto e não enquadra. Espero encontrar aqui uma zona de conforto, para livre e deliberada expressão sobre quem sou (ou talvez o mais certo seria dizer, quem "estou"), porque acabo de descobrir e constatar que o que vale na vida é a transitoriedade do momento. Não há fórmulas nem elixires da felicidade eterna.


O que vale e o que é mágico é verificar o amadurecimento que vem com o passar dos anos. Aliás, o passar dos anos por si só não me assusta, já que por enquanto minha relação é só de ganhos.


O que levo de lição para hoje é que não existe a portinha certa, a escolha mais ética, não existe uma escolha mais correta. A graça da vida é a imperfeição (ou a discutível perfeição). Tudo muda, a todo minuto. É transitório. Não existe uma garantia de eternidade. Quero conviver melhor com as imperfeições, desfazendo e refazendo conceitos, antes tão sólidos e indestrutíveis, agora absolutamente questionáveis. Que se danem os nós que Nós mesmos por vezes nos impomos. Ora, blogs!

Alexandre Alves